Em mais um episódio da tensão provocada pela visita da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan , o governo de Taipei denunciou a incursão de 21 caças chineses na área de identificação de defesa aérea.
Entre as aeronaves, estão oito J-11 e 10 J-16, que invadiram o espaço aéreo na parte sudeste da ilha.
"21 aeronaves PLA (J-11*8, J-16*10, KJ-500 AEW&C, Y-9 EW e Y-8 ELINT) entraram no sudoeste ADIZ (Zona de Identificação de Defesa Aérea, em tradução livre) de #Taiwan em 2 de agosto de 2022", afirmou o Ministério da Defesa da ilha em uma publicação feita no Twitter.
Além disso, Taiwan negou a informação de Pequim que caças SU-35 da força aérea atravessaram o estreito que separa o território da China enquanto o avião de Pelosi se dirigia ao aeroporto.
Visita de Nancy Pelosi
A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, chegou nesta terça-feira em Taipé, na primeira visita de um integrante dos altos escalões políticos americanos à ilha desde 1997, e que deve acirrar as já tensas relações entre Pequim e Washington.
A viagem foi mantida em sigilo por semanas, e apesar das promessas da Casa Branca de que tudo transcorrerá "em segurança", o presidente chinês, Xi Jinping, alertou os EUA para que "não brinquem com fogo", se referindo a Taiwan.
Por volta das 22h40, pelo horário local, 11h40 pelo horário de Brasília, o Boeing C-40C, da Força Aérea dos EUA, pousou no aeroporto de Songshan, nos arredores de Taipé, vindo de Kuala Lumpur, na Malásia.
A rota usada foi pouco usual, como mostrou o site de monitoramento FR24: a aeronave contornou as Filipinas, e não passou pelo Mar do Sul da China, área onde Pequim tem disputas territoriais com os vizinhos e mantém presença militar ostensiva. Antes da chegada, uma mensagem de boas vindas foi projetada no arranha-céu Taipei 101, de 438 metros de altura.
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