Extraditado da Colômbia para os Estados Unidos, o americano Mark Grenon, de 64 anos, fez sua primeira aparição em um tribunal federal, nesta quinta-feira, para responder às acusações de fraude por vender um alvejante tóxico de uso industrial como cura para doenças diversas, entre elas Covid-19, câncer, diabetes, Alzheimer e autismo.
O julgamento do homem, no entanto, só deverá acontecer em setembro. Ele estava desde de 2020 preso na Colômbia a pedido da Justiça americana.
Os três filhos do americano, Jordan, Jonathan e Joseph, respondem pelo mesmo crime. A família, da cidade de Bradenton, na Flórida, vendia um produto batizado de Miraculosa Solução Mineral (MMS, na sigla em inglês). A substância contém cloreto de sódio e água destilada, que, se misturados conforme mandam as instruções do pastor, produzem dióxido de cloro, alvejante tóxico de uso industrial.
Diarreia, pressão baixa, vômito estão entre os efeitos provocados pela ingestão do produto. O Departamento de Saúde dos EUA afirma ter recebido relatos de hospitalizações e mortes causadas pelo consumo de MMS.
De acordo com a denúncia apresentada pelo ministério da Justiça dos EUA, dezenas de milhares de caixas do produto foram vendidas no país. As vendas eram feitas através da Igreja Genesis II da Saúde e da Cura, entidade criada pela família para comercializar o produto sem ter de responder a legislação americana sobre o uso de MMS.
A substância era fabricada pela família em uma cabana no quintal da casa de Jonathan Grenon em Bradenton. Milhares de caixas de MMS foram encontradas no local pelas autoridades americanas.
Segundo o próprio site da Igreja, a entidade era descrita como "uma igreja não-religiosa". A solução química era obtida através de doações feitas para a instituição a partir de valore pré-determinados.
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