Chegou a 21 o número de mortos após um ataque a tiros nesta terça-feira em uma escola primária na cidade de Uvalde , no estado americano do Texas. No total , 19 crianças e dois adultos estão entre as vítimas. Esse já é considerado o ataque mais mortal em uma escola desde a ocorrência em Sandy Hook, em dezembro de 2012, quando 26 pessoas foram assassinadas, incluindo 20 menores de idade.
O atirador identificado como Salvador Ramos , de 18 anos, foi morto por policiais. Ele era morador da cidade e estudara no ensino médio em uma instituição próxima ao local do ataque. Conforme o governador Gregg Abbott, Ramos abandonou seu veículo próximo da escola Robb entrou na instituição com um revólver e possivelmente um rifle.
As identidades das vítimas ainda não foram oficialmente divulgadas, mas duas crianças mortas no ataque foram identificadas pela imprensa local. Familiares confirmaram as mortes de Xavier Lopez e Amerie Jo Garza, de 10 anos, na noite de terça-feira. Entre os mortos, também está Eva Mireles, uma professora que atuava há 17 anos e foi baleada e morta pelo atirador enquanto tentava proteger seus alunos, segundo disse sua tia, Lydia Martinez Delgado, por telefone ao New York Times.
Mireles, que tinha pouco mais de 40 anos, era casada e tinha um filho. Era "muito amada" e se orgulhava de ensinar principalmente alunos de origem latina, disse Delgado: "Ela era a diversão da festa”.
Conforme a agência de notícias Associated Press, um oficial da Patrulha de Fronteira dos EUA que estava nas proximidades quando o tiroteio começou correu para a escola e atirou e matou o Salvador Ramos, que estava atrás de uma barricada. A patrulha é responsável por monitorar pontos de entrada dos EUA e como Uvalde, fica a menos de 130 quilômetros da fronteira com o México, abriga um posto do grupamento. Dois agentes teriam sido baleados em uma troca de tiros com o atirador. Um deles foi baleado na cabeça, mas ambos estão em estado estável de saúde no hospital.
Em um discurso emocionado durante a noite, o presidente americano, Joe Biden, faz um pronunciamento na noite desta terça sobre o ataque, após retornar de sua viagem à Ásia, afirmando que "nós temos que agir", afirmando que é necessário enfrentar o lobby das armas, e ressaltando que os pais das vítimas "nunca verão seus filhos novamente, nunca mais os terão pulando na cama e se aconchegando a eles".
"Estou doente e cansado disso. E não me diga que não podemos ter um impacto nesta carnificina. Pelo amor de Deus, temos que ter a coragem de enfrentar a indústria", afirmou o presidente com uma voz trêmula, dizendo que "é hora de transformar essa dor em ação". "Outro massacre em uma escola primária do Texas. Lindos e inocentes alunos da segunda, terceira e quarta séries. Como nação, temos que perguntar: quando, em nome de Deus, vamos enfrentar o lobby das armas?"
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