O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse nesta quinta-feira (5) em uma reunião do Conselho de Segurança que a invasão russa à Ucrânia é uma "guerra impiedosa" e deve ser encerrada.
"A guerra contra a Ucrânia é insensata em seu alcance, impiedosa em seu tamanho e ilimitada em seu potencial de dano global. O ciclo de morte e destruição deve parar. Chegou a hora de nos unirmos e pôr fim a esta guerra", disse o diplomata português.
Guterres reiterou que reafirmou a Moscou e Kiev que "a invasão russa da Ucrânia é uma violação de sua integridade territorial e da Carta das Nações Unidas".
Recentemente, o secretário-geral da ONU se reuniu com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para debater a guerra entre os dois países e a abertura de corredores humanitários para evacuar os civis de Mariupol.
De acordo com o chefe de assuntos humanitários da ONU, Martin Griffiths, a terceira operação iniciada pelas Nações Unidas tem "a intenção de evacuar outros civis de Mariupol e Azovstal".
"Não vou falar mais sobre isso até que a operação seja concluída, mas o que posso dizer é que finalmente estamos vendo os frutos do nosso trabalho nas últimas semanas", acrescentou Griffiths, enfatizando que a ONU está "pressionando há muito tempo para chegar a um acordo sobre o cessar-fogo e tréguas em nível local".
"Estou encantado e muito aliviado por finalmente estarmos fazendo algum progresso", concluiu o chefe de assuntos humanitários.
Segurança alimentar - Durante o Conselho de Segurança da ONU, Guterres defendeu medidas para combater o impacto da guerra na crise alimentar do mundo.
"Precisamos de uma ação rápida e decisiva para garantir um fluxo constante de alimentos e energia nos mercados abertos, levantando as restrições à exportação, alocando excedentes e reservas a quem deles precisa e abordando o aumento dos preços dos alimentos para acalmar volatilidade do mercado", ressaltou Guterres.
O secretário-geral da ONU também explicou que "uma solução significativa para a insegurança alimentar global requer a reintegração da produção agrícola ucraniana e da produção de alimentos e fertilizantes russos e bielorrussos nos mercados mundiais, apesar da guerra".
Além disso, o diplomata garantiu que fará o possível para "ajudar a facilitar um diálogo e torná-lo realidade" e alertou que "o conflito - em todas as suas dimensões - está colocando em movimento uma crise que também está devastando os mercados globais de energia, perturbando os sistemas financeiros e exacerbando vulnerabilidades extremas para os países em desenvolvimento".
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