Cerca de 200 civis, incluindo 20 crianças, continuam refugiados no complexo siderúrgico Azovstal, último reduto da resistência ucraniana na cidade de Mariupol , no sudeste do país.
O número foi divulgado nesta segunda-feira (2) por Denys Shleha, comandante da 12ª Brigada Operacional da Guarda Nacional ucraniana. "Assim que a evacuação de ontem foi concluída, o inimigo recomeçou a usar todo tipo de arma. A noite foi agitada", disse.
Um primeiro grupo de aproximadamente 100 civis foi evacuado no último domingo (1º), após semanas de negociações entre Kiev e Moscou. "Não posso acreditar. Dois meses de escuridão. Não vimos mais a luz do sol", disse a sobrevivente Natalia Usmanova, em um vídeo da emissora britânica BBC, após ter sido resgatada da Azovstal.
Com uma ampla rede de túneis e abrigos subterrâneos, a siderúrgica se tornou refúgio para civis após o início da invasão russa, especialmente famílias de metalúrgicos e moradores dos arredores.
Segundo autoridades ucranianas, a Azovstal voltou a ser alvo de bombardeios nesta segunda-feira. O local também abriga militares e centenas de combatentes do Batalhão de Azov , milícia de extrema direita acusada de neonazismo por Moscou.
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A conquista de Mariupol, uma das cidades mais importantes da região de Donetsk, era crucial para o objetivo da Rússia de estabelecer um corredor terrestre entre a Crimeia anexada e os territórios rebeldes do leste da Ucrânia.
A Prefeitura de Mariupol estima que mais de 20 mil pessoas tenham sido mortas durante o assédio russo à cidade.
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