Segundo uma informação foi divulgada nesta terça-feira (19) pela vice-primeira-ministra ucraniana, Irina Verechtchuk, civis não conseguirão deixar áreas afetadas pela invasão russa na Ucrânia pelo terceiro dia seguido. De acordo com a ministra os dois países não entraram em um acordo para a criação de novos corredores humanitários.
"Hoje, infelizmente, não existe qualquer corredor humanitário. Os bombardeios intensos continuam em Donbass”, a cidade fica na região separatista no Leste da Ucrânia, onde tropas russas e também ucranianas estão guerreando desde segunda-feira (18), escreveu Irina através da plataforma Telegram.
A guerra que está prestes a completar dois meses, já matou quase 2 mil civis , mas o número pode ser ainda maior, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Cerca de 11 milhões de pessoas já fugiram para outras regiões na Ucrânia e ao menos 5 milhões deixaram o país por causa da guerra.
Conflito entre Rússia e Ucrânia
Há quase 10 anos os países vivem em uma esfera de tensão. No final de 2013, vários protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
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Já em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
No entanto, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e aproximadamente 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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