O governo da Rússia afirmou nesta quarta-feira (13) que a acusação de "genocídio" feita pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é "inaceitável".
"Discordamos categoricamente e consideramos inaceitável qualquer tentativa de distorcer a situação dessa forma", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Biden havia acusado o regime de Vladimir Putin de cometer genocídio na Ucrânia durante um discurso na última terça-feira (12) sobre o aumento dos preços dos combustíveis.
Na ocasião, ele disse que a capacidade de as pessoas encherem os tanques de seus carros não poderia ser condicionada pelo fato de "um ditador declarar guerra e cometer genocídio do outro lado do mundo".
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Como a frase foi dita de improviso, o presidente foi questionado mais tarde por jornalistas, porém não recuou. "Sim, eu chamei de genocídio. Está cada vez mais claro que Putin está tentando varrer a ideia de poder ser ucraniano", afirmou o democrata.
Em seguida, Biden salientou que, em último caso, caberá a tribunais internacionais decidir se as ações da Rússia na Ucrânia podem ser enquadradas como genocídio. "Mas certamente é o que parece para mim", acrescentou.
No fim de março, o presidente dos EUA já havia causado polêmica e críticas até de aliados europeus ao chamar Putin de "carniceiro" e dizer que o presidente russo "não poderia continuar no poder".
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