As forças russas que ocuparam a central nuclear de Chernobyl roubaram 133 substâncias altamente radioativas de laboratórios de pesquisa do local, acusou a agência ucraniana que gere a zona de exclusão do local neste domingo (10).
Segundo o órgão, os militares entraram no laboratório Ecocentre e, alguns dos itens roubados, "mesmo em pequenas quantidades, podem ser mortais" se não forem manipulados de maneira correta.
A agência ainda afirma que não sabe para que local as amostras foram levadas.
Os militares russos tomaram a central nuclear em 24 de fevereiro, primeiro dia da invasão, e só saíram do local em 31 de março. Os ucranianos já afirmaram que verificaram que trincheiras foram montadas na chamada "Floresta Vermelha", a área mais radioativa desde o acidente ocorrido em 1986.
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Conforme os dados de Kiev, a radiação no bosque é de "10 a 15 vezes superior" aos índices normais - com alguns pontos em que pode chegar a 160 vezes aos valores normais.
Recentemente, o governo ucraniano informou que os militares decidiram abandonar Chernobyl porque foram contaminados com substâncias radioativas, sendo levados para tratamento em Belarus. O ministro de Energia, German Gulashchenko, voltou a fazer essa afirmação nesta semana e disse que alguns dos soldados que atuaram na "floresta vermelha" tem menos de um ano de vida. (ANSA).
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