A polícia de Portugal tem um mês para acusar qualquer pessoa pelo desaparecimento de Madeleine McCann devido a uma lei no país que impede processos judiciais após 15 anos.
A menina que na época tinha três anos, desapareceu de um apartamento em que passava férias com os pais, na Praia da Luz, na noite de 3 de maio de 2007 – há 14 anos e 11 meses.
As acusações devem ser feitas no próximo mês ou as chances de obter uma condenação serão "bastante reduzidas" após 3 de maio deste ano, alertaram especialistas jurídicos.
"Se ela fosse encontrada viva e tivesse sido vítima de crimes sexuais quando menor, os procedimentos legais poderiam ocorrer até que ela completasse 23 anos", disse Spencer Dohner, do MDM Legal.
Se ela ainda estivesse viva, Madeleine teria 18 anos.
Christian Brueckner (45), foi nomeado o principal suspeito de seu desaparecimento em junho de 2020, mas nega qualquer envolvimento no caso.
O homem cumpre atualmente uma sentença de sete anos de prisão na Alemanha por estuprar uma mulher de 72 anos em 2005, no mesmo resort onde Madeleine foi vista pela última vez.
Brueckner chegou a trabalhar em apartamentos de férias na área onde ocorreu o desapareciemnto de Madeleine durante várias vezes em 2007.
Christian teria que ser declarado 'suspeito oficial' até 3 de maio para que o caso tivesse continuidade. Um advogado de Lisboa acrescentou que a polícia e os promotores em Portugal estavam 'absolutamente cientes' dos prazos pendentes.
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A polícia alemã afirmou em outubro de 2021 que seus investigadores estavam "confiantes" de que tinham provas suficientes - embora "circunstanciais" - para acusá-lo.
O promotor Hans Christian Wolters disse: “É uma evidência circunstancial – não temos nenhuma evidência científica."
"Quando ainda temos dúvidas, seria absurdo cobrar ao invés de esperar pelas respostas que poderiam fortalecer nossa posição", disse.
As autoridades alemãs estavam tão seguras da culpa de Brueckner que enviaram um oficial disfarçado para a prisão para fazer amizade com ele e fazê-lo confessar o sequestro e o assassinato de Madeleine.
A Scotland Yard está supostamente encerrando sua própria investigação sobre seu desaparecimento devido à falta de pistas.
Uma operação chamada "Grange" foi iniciada quatro anos após o desaparecimento da Madeleine com um gasto estimado em 12,5 milhões de euros, mais recentemente o caso recebeu 350.000 mil euros em julho de 2021 para buscar novas linhas de investigação.
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