Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan
Divulgação/ Nato
Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan

Na última semana, a Rússia e a Ucrânia têm dado passos cada vez mais próximos a um acordo de paz. Enquanto isso, os integrantes da Organização do Trabalho do Atlântico Norte (Otan) discutem os termos de um eventual acordo de paz entre os dois países em conflito. 

A guerra já entra em seu segundo mês. Com isso, surge uma série de dilemas sobre quais condições são aceitáveis para a Ucrânia, especialmente no que diz respeito às garantias de segurança que os membros da aliança podem oferecer a Kiev.

Os membros também têm que lidar com as divergências sobre que outros equipamentos devem ser enviados à Ucrânia e se falar com o presidente russo, Vladimir Putin, é benéfico ou não.

Algumas dessas diferenças vieram à tona após o presidente americano, Joe Biden, declarar que Putin não deveria continuar no poder. Neste fim de semana, ele voltou atrás e disse que foi mal interpretado.

Em pronunciamento à TV francesa, o presidente francês Emmanuel Macron disse que o objetivo agora é evitar um confronto militar, alcançar um cessar-fogo e depois retirar as tropas russas por meios diplomáticos.

A Alemanha se encontra numa posição semelhante. O porta-voz chefe do chanceler Olaf Scholz, Steffen Hebestreit, disse na segunda (28) que “a maior prioridade agora é conseguir um cessar-fogo para que a matança possa parar".

Scholz se reuniu com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky para discutir o processo de negociação. O Reino Unido, a Polônia e outros países da Europa Central e do Leste — com exceção da Hungria — acreditam que o presidente da Rússia esteja sendo sincero sobre a negociação de um acordo de paz aceitável.

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No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson afirmou que Putin já havia 'passado dos limites' com suas ações na Ucrânia.

"Está claro que precisamos estar atentos ao fato de que ele não cumpriu suas promessas", disse Max Blain, porta-voz do primeiro-ministro, na segunda-feira. "Temos visto Putin dizer uma coisa e fazer outra."

O presidente ucraniano disse estar aberto à possibilidade de adotar a neutralidade como parte de um acordo de paz com a Rússia. Porém, tal pacto teria que vir com garantias de segurança e ser submetido a um referendo.

O presidente da França Emamanuel Macron disse que mantém contato com Putin porque Zelensky pediu. Além disso, ele disse estar tentando assegurar os corredores humanitários para saída de civis.

A proximidade com Putin levantou suspeitas sobre Macron transmitir informações ao presidente russo. Porém, a recomendação é que ele fale sobre o quão ruim a guerra tem sido para as tropas russas, já que aqueles ao redor de Putin provavelmente estariam escondendo a verdade.

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