O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, convidou o papa Francisco para visitar a cidade, que está sob assédio das Forças Armadas da Rússia.
Em uma carta datada de 8 de março, Klitschko diz acreditar que a presença pessoal de "líderes religiosos mundiais em Kiev seja a chave para salvar vidas humanas e abrir caminho para a paz". "Oferecemos nossa ajuda em tudo o que for necessário para Sua Santidade", afirma o prefeito.
Se uma viagem não for possível, Klitschko pede que o líder católico faça uma "videoconferência, gravada ou ao vivo", com o presidente Volodymyr Zelensky. "Apelamos para que mostre sua compaixão e esteja com o povo ucraniano disseminando um pedido de paz", conclui.
O recebimento da carta já foi confirmado pelo Vaticano, que diz que o pontífice está ao lado "dos sofrimentos da cidade, de seu povo, de quem teve de fugir e de quem é chamado a administrá-la". A Santa Sé, no entanto, não respondeu o convite.
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Francisco já fez diversos apelos em defesa da paz e recusou-se a acatar a narrativa russa de que a invasão trata-se apenas de uma operação especial, e não de uma guerra.
Em seu Angelus do último domingo (13), o Papa denunciou um "massacre" na Ucrânia e a "barbárie da morte de crianças, inocentes e civis indefesos". "Não existem razões estratégicas que se mantenham de pé. Há apenas que parar essa inaceitável agressão armada, antes que ela reduza as cidades a cemitérios", acrescentou.