Terminou a nova rodada de negociações entre as delegações de Rússia e Ucrânia , realizada nesta segunda-feira (14) por videoconferência.
Segundo Mikhailo Podolyak, assessor do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, as tratativas provavelmente prosseguirão na próxima terça (15), após uma "pausa técnica" para a realização de discussões "adicionais nos subgrupos de trabalho e esclarecimentos de definições individuais".
O único resultado produzido pelas negociações entre os dois lados até o momento é a criação de corredores humanitários para evacuação de civis, iniciativa que prossegue de forma intermitente desde a semana passada, com recorrentes acusações mútuas de obstruir a retirada da população.
Ainda assim, o vice-chefe de gabinete de Zelensky, Ihor Zhovka, mostrou sinais positivos. "Em vez de nos dar ultimatos ou de pedir que a Ucrânia se renda, agora parecem querer iniciar negociações construtivas", disse o assessor a uma rádio britânica.
Por sua vez, o próprio Zelensky se empenhou em continuar as tratativas com a Rússia e afirmou que a delegação de Kiev tem a "clara tarefa" de fazer o possível para promover um encontro com Vladimir Putin - no último fim de semana, ventilou-se a hipótese de realizar uma reunião entre os presidentes em Israel.
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Após quase 20 dias de guerra, as tropas russas já conquistaram importantes territórios no leste da Ucrânia e, a partir do fim da semana passada, iniciaram ataques na parte ocidental do país, inclusive perto da fronteira com a Polônia, que faz parte da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, citado pelo jornal The Guardian, as forças navais da Rússia "efetivamente isolaram a Ucrânia do comércio marítimo internacional". Já de acordo com o diário local Kyiv Independent, sirenes de alarme soaram em 19 das 24 regiões do país nesta segunda-feira.
Em Kiev, um prédio residencial de nove andares foi bombardeado pelas forças russas, com um saldo de pelo menos dois mortos, segundo as autoridades locais. Já os separatistas pró-Rússia denunciam a morte de ao menos 20 pessoas em ataques aéreos ucranianos em Donetsk.
Até o momento, a guerra na Ucrânia já gerou mais de 2,8 milhões de refugiados, segundo a ONU, sendo que mais da metade desse contingente (1,7 milhão) cruzou a fronteira com a Polônia.
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