O pequeno Locke tem ‘cabelo impenetrável’
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O pequeno Locke tem ‘cabelo impenetrável’

Lock Samples tem apenas um ano, mas já acumula uma comunidade de mais de 25 mil seguidores nas redes sociais. Seu visual, com cabelos arrepiados e fios claros, chama a atenção, mas na verdade é consequência de uma doença genética rara chamada síndrome do cabelo impenetrável. O diagnóstico é difícil de ser encontrado — estima-se que Lock seja um dos cerca de 100 casos conhecidos hoje no mundo — e muda a aparência dos fios devido a uma anomalia na estrutura da haste capilar.

No caso do pequeno Lock, a descoberta veio após uma mensagem que a sua mãe, Katelyn Samples, moradora da Georgia, nos Estados Unidos, recebeu em seu Instagram. Depois de ver uma foto do filho mais novo de Katelyn na rede social, um seguidor entrou em contato com a personal stylist e perguntou se Lock teria sido diagnosticado com a síndrome.

A menção à doença, até então desconhecida por Katelyn, a levou a procurar um especialista, que confirmou o diagnóstico da rara doença genética. Desde então, ela começou a compartilhar a jornada de Lock nas redes sociais para chamar atenção para a condição que ainda é muito pouco conhecida.

De acordo com os relatos de Katelyn, Lock nasceu com os cabelos escuros e com a aparência normal, mas depois de seis meses os fios começaram a se tornarem constantemente arrepiados e loiro-prateados. Porém, apesar da preocupação inicial, a síndrome do cabelo impenetrável, também chamada de síndrome do cabelo de vidro, não apresenta grandes riscos à saúde.

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Segundo um estudo publicado na Revista Internacional de Relatos de Casos e Imagens (IJCRI) em 2017 por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, a síndrome do cabelo impenetrável provoca uma alteração na parte externa dos fios de cabelo, chamadas de haste capilar. Nos casos relatados, a aparência começa a se alterar durante o primeiro ano de vida, mas o quadro melhora durante a puberdade. Outros pêlos do corpo normalmente não são afetados pela doença genética e a condição geralmente é isolada, sem estar associada a outros distúrbios no corpo.

Informações do Centro de Informação Genética e Doenças Raras dos Estados Unidos mostram que os casos costumam durar entre os três primeiros meses de vida e os doze anos de idade. Apesar de ainda existirem poucas pesquisas sobre o distúrbio, três genes responsáveis por codificar proteínas ligadas à formação da haste capilar foram associados à síndrome do cabelo impenetrável, aponta o Centro.

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