Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou nesta segunda-feira de Brasília com direção à Ucrânia, para resgatar brasileiros que deixaram o país após a invasão da Rússia. A previsão é que o grupo retorne ao Brasil na quinta-feira. No mesmo avião também estão sendo levadas doações para ucranianos.
A previsão é que 64 pessoas sejam transportadas para o Brasil, sendo 40 brasileiros, 23 ucranianos e 1 poloneses. Os estrangeiros têm algum laço de parentesco com os brasileiros. A capacidade total da aeronave, de modelo KC-390, é de 72 pessoas (sem contar a tripulação), então o número pode aumentar.
Também há previsão de que seis cães sejam transportados. O embarque de animais de estimação foi liberado pelo governo federal após uma campanha em redes sociais.
O avião fará três escalas, em Recife, Cabo Verde e Portugual, antes de desembarcar em Varsóvia, na Polônia, onde o governo tem reunido os brasileiros que deixaram a Ucrânia.
Entre as doações, estão sendo levadas nove toneladas de alimentos desidratados, meia tonelada de itens médicos e insumos essenciais e 50 purificadores de água. De acordo com o Ministério da Defesa, a carga será entregue para autoridades ucranianas.
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Uma cerimônia foi realizada antes da decolagem, na Base Aérea de Brasília, com a presença dos ministros Walter Braga Netto (Defesa), Anderson Torres (Justiça) e Marcelo Queiroga (Saúde) e do ministro interino das Relações Exteriores, Fernando Simas Magalhães.
Sem citar detalhes do conflito com a Rússia, Braga Netto afirmou que o Brasil tem histórico de buscar a "paz no mundo" e que irá auxiliar grupos em "necessidade de ajuda humanitária".
"A diplomacia e as Forças Armadas brasileiras têm o histórico e o sacerdócio de amenizar a dor das pessoas em situação de conflitos ou calamidades, levar calor humano e compartilhar a esperança e a fé na paz no mundo", discursou.
"Uma vez mais parcela da população mundial se vê em necessidade de ajuda humanitária. Prontamente o governo federal se empenhou para proteger e auxiliar os brasileiros que estão sendo impactados pela situação na Ucrânia".