Kharkiv, na Ucrânia
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Kharkiv, na Ucrânia

A Suíça deixou sua posição de neutralidade e anunciou que vai retomar de forma "integral" as sanções econômicas adotadas pela União Europeia (UE) em resposta à invasão da Ucrânia , na última quinta-feira. As medidas incluem sanções contra o presidente russo, Vladimir Putin, envolvendo o congelamento de fundos.

"Trata-se de um grande passo para a Suíça, um país tradicionalmente neutro", disse o presidente da Confederação Helvética, Ignazio Cassis, nesta segunda-feira. O Conselho Federal tomou essa decisão com convicção, de uma forma reflexiva e inequívoca.

O ministro das Finanças, Ueli Maurer, ressaltou que o bloqueio dos ativos de pessoas incluídas na lista negativa da UE tem "efeito imediato".

A ministra da Justiça, Karin Keller-Sutter, por sua vez, informou que cinco magnatas russos, ou ucranianos, "muito próximos de Vladimir Putin" e com vínculos muito importantes na Suíça "estão proibidos de entrar" no país. Suas identidades não foram divulgadas.

"Essas pessoas não têm visto de residência na Suíça, mas contam com importantes vínculos econômicos, sobretudo, nas finanças e no negócio de matérias-primas", afirmou Keller-Sutter.

Nos últimos dias, as autoridades suíças — que pareciam hesitantes quanto à aplicação de sanções após a invasão — estiveram sob forte pressão para se alinharem com a UE e com os Estados Unidos. Ainda na sexta-feira, o presidente suíço, Ignazio Cassis, deixou claro que desejava manter o caminho da moderação em relação a Moscou, ainda que as sanções, que se baseiam nas da UE, tenham sido endurecidas.

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No sábado, a Comissão Europeia, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos anunciaram medidas econômicas sem precedentes, transformando Moscou em um "pária" financeiro, segundo um alto funcionário americano.

Nas ruas, entre 10 e 20 mil pessoas se manifestaram na capital, Berna, e milhares de outras em diferentes cidades para pedir ao Conselho Federal, o órgão executivo suíço, que se envolva mais.

Também nesta segunda, Estados Unidos proibiram todas as transações com o Banco Central da Rússia, sanção de efeito imediato e de uma gravidade sem precedentes, que limitará consideravelmente a capacidade de Moscou para defender sua moeda e apoiar sua economia. Dois dias antes, EUA, União Europeia e Reino Unido já haviam anunciado a remoção de alguns bancos russos do sistema de transações internacionais Swift.

A cotação do rublo desabou e registrou valores mínimos em relação ao dólar e ao euro na abertura no mercado de câmbio em Moscou, nesta segunda

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