O Papa Francisco afirmou, neste domingo, que seu "coração está partido" pela invasão da Ucrânia por soldados russos. A declaração foi dada durante o seu discurso semanal do chefe da Igreja Católica, na Cidade do Vaticano.
"Que as armas se calem. Deus está com os pacificadores, não com aqueles que usam a violência", disse o Papa na ocasião.
O chefe da Igreja Católica também afirmou que há uma necessidade urgente de abrir corredores humanitários para os refugiados. O Papa acrescentou que as pessoas devem acolher as pessoas que fogem da guerra.
Neste domingo, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que já existem 368 mil refugiados e esse número pode chegar a 4 milhões.
Em uma declaração diretionada ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o Papa expressou sua "profunda dor pelos trágicos eventos". O Pontífice se referia a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Neste sábado, o Papa fez uma manifestação pública sobre a guerra, pelas redes sociais. Ele pediu orações ao povo ucraniano.
O Pontífice compartilhou no Twitter uma declaração feita por ele durante a Audiência Geral na última quarta-feira, caracterizando a violência como um ato de "insensatez".
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"Jesus ensinou-nos que à diabólica insesatez da violência se responde com as armas de Deus, com oração e o jejum. Que a Rainha da paz preserve o mundo da loucura da guerra", compartilhou Francisco.
Na véspera, o Papa esteve na embaixada russa na Santa Sé para manifestar "sua preocupação pela guerra" na Ucrânia.
Líder ortodoxo
O Patriarca Russo Kirill também se manifestou neste domingo. O líder da Igreja Ortodoxa Russa citou o presidente Vladimir Putin, em seu sermão na Catedral Cristo Salvador, em Moscou.
Na ocasião, Kirill mencionou a ideia de Putin a respeito de um mundo russo com "um povo". A declaração corrobora com a convicção do presidente russo de que a Ucrânia pertence a uma nação conservadora, ortodoxa e a uma irmandade eslava liderada pela Rússia.
Kirill também disse que queria a paz na "terra russa" – ou seja, Rússia, Ucrânia e Bielorrússia. E acrescentou "que o Senhor proteja os povos que fazem parte do espaço único da Igreja Ortodoxa Russa". O líder religioso finalzou com um alerta de que "forças externas sombrias e hostis" estão buscando dividir "nossa pátria histórica comum".
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