Palácio do Itamaraty em Brasília
Reprodução/Flickr
Palácio do Itamaraty em Brasília

A Embaixada do Itamaraty em Kiev, divulgou um aviso na manhã desta quarta-feira (23), alertando brasileiros a evitarem as áreas separatistas no leste da Ucrânia "com relação aos desdobramentos dos últimos dois dias, a Embaixada reforça sua recomendação de atenção e para que sejam evitadas visitas às províncias ucranianas de Donetsk e Luhansk".

O alerta ainda se estendeu as pessoas que estão no local "aconselha-se mais uma vez aos cidadãos que já estejam nessas regiões que considerem deixá-las sem demora". Um primeiro "sinal vermelho" já havia sido feito no dia 19 de fevereiro, após o aumento das violações de cessar-fogo registradas na linha de contato no leste da Ucrânia.

Governo brasileiro de posiciona sobre a crise na Ucrânia

Na terça-feira (22) o Ministério das Relações Exteriores publicou uma nota à imprensa com uma declaração do Representante do Brasil na ONU, sobre a crise na Ucrânia. Com o posicionamento feito após Vladimir Putin declarar a independência de Donetsk e Luhansk, Ronaldo Costa disse que o Brasil reafirma a necessidade de uma solução de forma diplomática, com base nos Acordos de Minsk. Houve ainda um apelo as partes envolvidas para que evitem uma escalada de violência e que estabeleçam, rapidamente, os canais de diálogo. 

"Todos sabemos como a situação tornou-se crítica. O Brasil vem acompanhando os últimos acontecimentos com extrema preocupação. Nas atuais circunstâncias, nós, neste Conselho, em representação da comunidade internacional, devemos reiterar os apelos à imediata desescalada e nosso firme compromisso de apoiar os esforços políticos e diplomáticos para criar as condições para uma solução pacífica para esta crise."

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Ronaldo Costa Filho ainda reforçou que Rússia e Ucrânia devem resolver as questões com "espírito de abertura", compreenssão e flexibilidade, não deixando de mencionar a urgência para que a paz volte para toda aquela região.

"Um primeiro objetivo inescapável é obter um cessar-fogo imediato, com a retirada abrangente de tropas e equipamentos militares no terreno. Tal desengajamento militar será um passo importante para construir confiança entre as partes, fortalecer a diplomacia e buscar uma solução sustentável para a crise. Não nos enganemos: no final das contas, estamos falando sobre a vida de homens, mulheres e crianças inocentes no terreno."

Mesmo com a tensão entre os dois países a Embaixada informou que continua a operar normalmente.

** Max Richter é formando em jornalismo. Desde 2022, é repórter do iG e tem experiência em coberturas sobre cotidiano, hardnews, saúde, política, comportamento e diversidade. Tem passagens por veículos de mídia impressa e televisão. É sonhador, gosta de pôr-do-sol e andar de bicicleta. Ama contar e ouvir histórias, sejam elas no bar ou em frente ao mar.

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