Vladimir Putin
Presidência da Rússia (via Fotos Públicas)
Vladimir Putin

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, conversou por telefone nesta terça-feira (1º) para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e ambos debateram a crise ucraniana e as relações bilaterais, informa o governo italiano.

Draghi destacou a importância de uma desaceleração nas tensões no local à luz das graves consequências que ocorreriam em caso de endurecimento da crise.

Os dois ainda concordaram com um compromisso comum para uma "solução sustentável e duradoura" da crise a exigência de reconstruir um "clima de confiança".

As tensões com a Rússia por parte dos países ocidentais - Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia - aumentam dia após dia. Enquanto os russos afirmam que estão deslocando suas tropas apenas por sua "segurança", os ocidentais dizem que Putin tem a intenção de invadir a Ucrânia a qualquer momento.

Por conta disso, ameaçam Moscou com um duro pacote de sanções econômicas e financeiras, que podem atingir o próprio Putin.

Nesta terça, a embaixada russa em Washington divulgou uma nota em que afirma que as "ameaças de sanções norte-americanas" não vão fazer com que a Rússia "dê passos para trás". "É Washington e não Moscou quem está gerando tensões", diz ainda o comunicado.

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O documento foi divulgado horas antes de uma nova conversa por telefone entre o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

Parlamento

Nesta terça, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursou ao Parlamento do país e disse que os ucranianos "resistiram ao vírus do pânico", ressaltando o crescimento econômico.

"Os cidadãos permaneceram unidos sobre as notícias de uma possível guerra da Rússia e não sucumbiram ao vírus do pânico. A nossa economia está se estabilizando e a nossa grivna (moeda nacional) está melhor", disse Zelensky.

Essa é a segunda vez que o presidente fala em "pânico". Na primeira, após o início da retirada dos diplomatas norte-americanos e britânicos não essenciais, o mandatário fez uma crítica aos EUA dizendo que a atitude era prematura e criticando a fala de que uma invasão russa "poderia acontecer a qualquer momento".

Zelensky também firmou um decreto que prevê o aumento do número de soldados das Forças Armadas em mais 100 mil militares em três anos. Além disso, o texto introduz um novo sistema de treinamento militar intensivo dos cidadãos, como uma possível alternativa para o fim do serviço militar obrigatório em 2024.

Segundo Zelensky, "o decreto não foi firmado porque haverá uma guerra com a Rússia", mas sim para que a Ucrânia tenha "paz em breve no futuro".

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