Taxa de natalidade da China cai pelo 5º ano seguido
东旭 王 / Unsplash
Taxa de natalidade da China cai pelo 5º ano seguido

Apesar das campanhas do governo para incentivar os casais a ter mais filhos, a taxa de natalidade da China caiu pelo quinto ano consecutivo e chegou a um patamar histórico em 2021.

No último ano, o país registrou 10,62 milhões de nascimentos — 7,5 nascimentos a cada 1.000 pessoas, segundo o Bureau Nacional de Estatísticas da China . A natalidade caiu 11,6% de 12,02 milhões em 2020. O nível é o mais baixo já identificado na nação.

O número de nascimentos superou as mortes, com a população crescendo em 480.000 para 1,41 bilhão. A taxa de crescimento natural caiu para 0,034%, a mais baixa desde a grande fome que atingiu a China entre 1959 e 1961.

A crise demográfica ocorre enquanto o governo chinês tenta incentivar a população a ter mais filhos, após perceber que a política do filho único — implantada na década de 70 para conter o avanço populacional — contribuiu para o envelhecimento da população e redução da força de trabalho.

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Em 2015, o governo anunciou que permitiria que casais tivessem dois filhos, no entanto, após um breve aumento em 2016, a taxa de natalidade vem caindo cada vez mais, fazendo com que as autoridades abrissem a política para três crianças.

Além de incentivar os casais a terem mais filhos, o governo também oferece benefícios para quem tiver crianças. Na província oriental de Zhejiang, por exemplo, os pais têm 188 dias de licença maternidade para o terceiro filho. Já em Shaanxi, as mulheres têm 350 dias de licença remunerada para ter um terceiro filho, segundo a mídia estatal.

As medidas, porém, ainda não convenceram muitas mulheres, que temem ficar em desvantagem no mercado de trabalho. Além disso, os altos custos com imóveis e educação têm feito muitos casais adiar ou até mesmo cancelar os planos.

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