39 funcionários ficaram presos na mina da Vale em Sudbury, em Ontário, no Canadá
Reprodução/Divulgação/Vale
39 funcionários ficaram presos na mina da Vale em Sudbury, em Ontário, no Canadá

A Vale anunciou na manhã desta quarta-feira (29) que resgatou os 39 funcionários que ficaram presos na mina da empresa em Sudbury, Ontário, no Canadá . O grupo estava no local desde domingo, quando um dano no elevador impediu o retorno para a superfície.

Em nota, o CEO Eduardo Bartolomeo parabenizou a equipe de resgate pelo trabalho. Na terça-feira, a empresa chegou a anunciar que a operação terminaria ainda pela manhã, mas a ação acabou se prolongando. No início da noite, ainda havia quatro funcionários aguardando do resgate.

"Trazer nossos 39 funcionários seguros e saudáveis ​​para casa era nossa principal prioridade e estamos felizes que nossos planos e procedimentos de emergência funcionaram para alcançar esse resultado. Todos os funcionários estão seguros agora e merecem nosso profundo respeito por sua perseverança e força de vontade", ressaltou Bartolomeo.

A Vale informou ainda que vai iniciar uma investigação sobre o caso. Nas palavras do CEO, a apuração será importante “para que a empresa possa aprender com isso e tomar medidas para garantir que nunca mais aconteça”.

Segundo o presidente do sindicado de mineradores, Nick Larochelle, a equipe que ficou presa começou o trabalho na mina às 7h do dia 26 e o incidente no poço ocorreu às 11h30. Os funcionários começaram a chegar à superfície entre 19h e 20h de segunda-feira, saindo por meio de uma escada secundária. Os mineiros estavam trabalhando entre 914 e 1.220 metros de profundidade. Além da escalada, alguns precisaram do auxílio de cordas e outros equipamentos para sair do local.

Situada na região de Worthington, a 40 quilômetros a oeste do complexo Copper Cliff da Vale, a mina Totten foi inaugurada em 2014 e emprega cerca de 200 pessoas que atuam na produção de cobre, níquel e outros metais preciosos.

'Restava esperar'

Em entrevista à emissora CTV, um dos mineiros resgatados, Henry Bertrand , contou que assim que o grupo foi avisado de que havia um problema, todos seguiram para abrigos onde havia água e um telefone para manter contato com a superfície.

"Naquele momento não sabíamos o tamanho do problema ainda. De início não esperávamos que fosse demorar tanto para sair da mina. Quando soubemos, restava esperar e fazer o melhor que podíamos para lidar com a situação", contou.

Henry contou ainda que havia levado o almoço para a estação de trabalho, mas que a maior parte da equipe não fez o mesmo porque a atividade no subsolo estava programada para terminar antes do almoço.

"Cheguei a compartilhar minha comida. Depois, a equipe de resgate nos trouxe algumas barras de cereais e chocolate. Não foi tão ruim", afirmou, acrescentando: "Eu estava lá com caras legais, então passamos o tempo fazendo piadas e falando sobre todo o tipo de coisa", brincou.


Questionado sobre a segurança do trabalho, afirmou que a tecnologia e os protocolos transformaram a atividade ao longo dos anos.

"Com a tecnologia, as minas se tornaram muito mais seguras. Claro que há acidentes, como esse, mas é seguro, no geral. Há regulações rígidas a seguir que asseguram isso", ressaltou.

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