Soldados da Força Nacional do Afeganistão durante treinamento na província de Helmand
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Soldados da Força Nacional do Afeganistão durante treinamento na província de Helmand

O enviado especial dos Estados Unidos para o Afeganistão, Zalmay Khalilzad, irá a Doha, no Catar, nesta semana para pressionar o Talibã a interromper sua ofensiva militar.

A metrópole do Catar é sede das negociações de paz com o grupo fundamentalista islâmico, que  já conquistou oito das 34 capitais de província afegãs desde o início de julho - as mais recentes são Farah e Pol-e Khomri, que caíram nesta terça-feira (10).

O avanço acontece em meio à retirada das tropas dos EUA e da Otan do Afeganistão, que deu novo combustível ao Talibã.

"O embaixador Khalilzad vai estar em Doha para ajudar a formular uma resposta internacional conjunta contra a rápida piora da situação no Afeganistão", diz um comunicado do Departamento de Estado americano.

Segundo o governo dos EUA, o enviado vai "pressionar o Talibã a interromper sua ofensiva militar". "Uma paz negociada é o único caminho para encerrar a guerra", acrescentou o Departamento de Estado.

Já a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, exortou por meio de uma nota as partes envolvidas a "interromperem os combates para evitar novos derramamentos de sangue".

Segundo ela, já há relatos de execuções sumárias, destruição de casas e escolas e repressão contra mulheres nas áreas capturadas pelo Talibã. "Exorto a comunidade internacional, inclusive por meio do Conselho dos Direitos Humanos e do Conselho de Segurança, a tomar ações urgentes para prevenir novas atrocidades", acrescentou.

O grupo islâmico já comandou o Afeganistão de 1996 a 2001, até ser derrubado pela invasão americana - Washington acusava o Talibã de dar proteção a Osama bin Laden, mentor dos atentados de 11 de setembro. 

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