O ativista bielorusso Vitaly Shishov, de 26 anos, foi encontrado em Kiev, na Ucrânia, nesta terça-feira (3). Ele dirigia a "Casa Bielorrussa na Ucrânia", uma ONG que ajudava cidadãos de Belarus que fugiram do país, e estava desaparecido desde segunda-feira (2).
Shishov saiu para correr na manhã de segunda-feira e não retornou para casa. Uma das linhas de investigação da polícia ucraniana acredita que pode ter havido um assassinato "camuflado como suicídio".
"O cidadão bielorrusso Vitali Shishov, desaparecido ontem em Kiev, foi encontrado enforcado hoje em um dos parques de Kiev, perto do local em que residia", disse a polícia em um comunicado.
A ONG de Shishov denunciou o regime de Lukashenko, o "último ditador da Europa", de envolvimento no assassinato.
"Não há nenhuma dúvida de que é uma operação planejada pelos 'chekistas' [termo para designar as forças de segurança bielorrussas] para liquidar um bielorrusso que representavam um verdadeiro perigo para o regime", afirmou a "Casa Bielorrussa na Ucrânia".
"Vitali era vigiado e a polícia [ucraniana] havia sido informada a respeito. Fomos advertidos em várias ocasiões, tanto por fontes locais como por pessoas em Belarus, sobre todo tipo de provocações, que poderiam chegar ao sequestro e morte."