Vacinação contra Covid-19 está avançada no Uruguai
Agência Brasil
Vacinação contra Covid-19 está avançada no Uruguai

O Uruguai começou, nesta quarta-feira (9), a vacinar adolescentes entre 12 e 17 anos com doses da Pfizer/BioNTech, tornando-se o primeiro país latino-americano a imunizar menores contra a Covid-19, decisão a partir da qual as autoridades esperam retomar as aulas presenciais no ensino médio.

Segundo o planejamento, mais de 150 mil menores de idade serão vacinados até segunda-feira (14), em uma população total de 290 mil habitantes dessa faixa etária.

As autoridades esperam adiantar o retorno às salas de aula do ensino médio para o final de julho, quando o grupo atingir a imunidade total. As escolas primárias serão reabertas em junho.

O presidente Luis Lacalle Pou havia anunciado essa decisão na terça-feira da semana passada em uma entrevista à televisão local.

O Chile também autorizou a vacinação de adolescentes entre 12 e 16 anos com a Pfizer, mas a campanha começará a partir de 20 de junho.

No Brasil, os menores de idade ainda não foram incluídos nos grupos prioritários que podem se vacinar. Uma eventual expansão da imunização abrangendo adolescentes teria potencial efeito tranquilizador para os pais que avaliam que os filhos só devem retornar às aulas presenciais após serem vacinados contra a Covid-19.

Vacinação de adolescentes não é consenso

A vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19, no entanto, não é unanimidade. No mês passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu que países ricos reconsiderem os planos de vacinar pessoas nessa faixa etária e, em vez disso, doem imunizantes contra a doença para o consórcio Covax, destinado a fornecer imunizantes a nações pobres e em desenvolvimento.

O Uruguai, com 3,5 milhões de habitantes, é atualmente a nação com o maior número de mortes em relação à sua população no mundo nos últimos 14 dias, segundo balanço da AFP feito a partir de dados oficiais.

Apesar das reivindicações da comunidade científica e opositores, Lacalle Pou descartou decretar medidas de confinamento.

O governo aposta em uma intensa campanha de vacinação que, desde seu início no dia 1º de março, imunizou 58% da população com pelo menos uma dose das vacinas da Pfizer, Oxford/AstraZeneca ou CoronaVac. No total, 30% da população está totalmente vacinada.

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