Mais de 300 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre israelenses e palestinos em Jerusalém Oriental . A confusão acontece em um momento do ano sempre propenso a incidentes, com o fim do período religioso do Ramadã e a comemoração da conquista de Jerusalém pelos israelenses, em 1967.
Nesta segunda (10), o grupo terrorista Hamas lançou dezenas de foguetes na direção de Jerusalém e de cidades ao sul de Israel. “ A resistência não ficará de braços cruzados “, disse o líder do grupo, Ismail Haniyeh (foto).
O Hamas não participou dos primeiros protestos, que começaram por uma disputa entre duas famílias por um terreno em Jerusalém Oriental, mas agora tenta tirar proveito, apoderando-se das manifestações. O grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza pretendia disputar e vencer as eleições para a Autoridade Palestina, a AP, que estavam marcadas para este mês e para julho.
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Contudo, o presidente da AP, Mahmoud Abbas, do Fatah, adiou o pleito indefinidamente. O Hamas acusou a Autoridade Palestina de golpe. Essa seria a primeira eleição em 15 anos. “ Ao lançar foguetes e fazer declarações contundentes, o Hamas quer se colocar como o representante legítimo dos palestinos e desafiar a Autoridade Palestina “, diz o historiador militar israelense Shaul Shay.
Israel respondeu com bombardeios , que deixaram 20 mortos , e o gabinete de segurança afirmou que irá deflagrar uma operação militar com duração de vários dias.
“ Acho que o Hamas calculou mal a situação. Eles pensaram que o fim do apoio de Donald Trump, com a chegada de Joe Biden à presidência dos Estados Unidos, e o fato de Israel estar com um governo provisório, com negociações para a formação de um novo governo, poderiam limitar uma resposta israelense “, diz Shay.
“ O que deve acontecer é justamente o contrário, porque o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu , e o seu ministro da Defesa, Benny Gantz, querem mostrar que são capazes de garantir a segurança de Israel . Tanto o Hamas como a Jihad Islâmica deverão pagar um preço alto pelos ataques “.