Colômbia teve 5 dias de protesto; pelo menos 17 morreram
EFE
Colômbia teve 5 dias de protesto; pelo menos 17 morreram

As autoridades colombianas informaram nesta segunda-feira (3) que pelo menos 17 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas durante protestos realizados por cinco dias na Colômbia contra um projeto de reforma tributária apresentado pelo governo de Iván Duque.

De acordo com balanço da Defensoria Civil do país sul-americano, citado pela rádio Rcn, 16 civis e um policial perderam a vida nas manifestações iniciadas no último dia 28 de abril.

Além disso, 457 policiais e 254 civis ficaram feridos durante 1.120 protestos registrados em todo o território colombiano. O relatório da Defensoria Civil também revelou que os militares fizeram 546 intervenções em cidades como Cali e Bogotá. Ao todo, até 1º de maio, 364 pessoas foram capturadas e 30 menores presos.

A iniciativa foi organizada pelos sindicatos e outros grupos na semana passada para exigir a retirada da proposta da pauta do Congresso. Desde então, saques isolados, vandalismo e confrontos entre a polícia e os manifestantes foram registrados em diversas cidades.

Na última sexta-feira (30), Duque tentou amenizar os atos e disse que revisaria o projeto e não incluiria impostos sobre vendas de alimentos, serviços públicos e gasolina, ou uma expansão do imposto de renda.

No entanto, em meio à mobilização e à ampla oposição por parte dos parlamentares, o presidente da Colômbia anunciou no domingo (2) a retirada da proposta de reforma tributária do debate.

O tema era debatido com ceticismo no Congresso, principalmente pelo fato de a maioria dos parlamentares acreditar que é inadequado e que a classe média não deve ser punida em meio à crise provocada pelo novo coronavírus.

Após a decisão do líder colombiano, o ministro da Fazenda, Alberto Carrasquilla, apresentou sua renúncia, assim como o vice-ministro da Fazenda, Juan Alberto Londoño, que participou da elaboração da reforma, e aguarda a decisão de Duque, segundo a rádio Bogotá.

O governo apresentou a reforma tributária no último dia 1 de abril como uma medida para financiar os gastos públicos no país.

O projeto previa uma arrecadação de cerca de US$6,3 bilhões entre 2022 e 2031, para resgatar a economia.

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