O ex-policial Derek Chauvin foi condenado pela morte de George Floyd em decisão unânime do juri da cidade de Minneapolis , no estado de Minnesota (EUA), anunciado na tarde desta terça-feira (20).
Chauvin foi acusado de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) de segundo grau, e de assassinato em segundo e terceiro grau. O anúncio da decisão que condenou o ex-policial foi marcado por manifestações de pessoas que se reuniram no ponto em que Floyd foi assassinado em 25 de maio de 2020 e na frente do tribunal.
Os 12 jurados deliberaram mais de 10 horas entre segunda e terça até chegar ao veredito, após três semanas de exposição do caso no tribunal. A sentença, que poderia somar 40 anos de reclusão pela lei dos Estados Unidos, é limitada a 15 anos pelas cláusulas do estado de Minnesota, que estabelece um número máximo de pena para réus sem condenações anteriores.
Em tese, a promotoria defendeu que, pelos vídeos do episódio, Floyd não reagiu à tentativa de detenção, fazendo com que o método de imobilização utilizado por Chauvin não pudesse ser justificado. Na acusação, também foi argumentado que o ex-policial assumiu o risco de matar ao colocar o joelho no pescoço da vítima e que ele manteve a posição de sufocamento mesmo após o homem ter avisado que não conseguia respirar. Chauvin também permaneceu com o joelho por mais tempo do que o que é orientado no treinamento, caracterizando o caso como homicídio.
*Sob supervisão de Valeska Amorim