Nos Estados Unidos , dois policiais do Capitólio que estavam presentes no dia 06 de janeiro, quando ocorreu a invasão ao Congresso , estão processando o ex-presidente Donald Trump por incitar a violência. As informações foram apuradas pelo G1.
A invasão resultou na morte de um policial e deixou várias pessoas feridas. Além de Brian Sicknick, outros quatro invasores também faleceram. Após apresentar documento em um tribunal federal de Washington, na terça-feira (30), os policiais James Blassingame e Sidney Hemby alegam terem sofrido "ferimentos físicos e psicológicos" durante os confrontos.
"Os insurgentes foram estimulados pelo comportamento de Trump, que ao longo de vários meses levou os seus seguidores a acreditar em sua falsa alegação de que estava prestes a ser retirado à força da Casa Branca por causa de uma grande fraude eleitoral", declararam os policiais no processo.
"A turba de insurgentes — que Trump inflamou, encorajou, estimulou, dirigiu e incitou — entrou à força e passou por cima dos demandantes e seus colegas, perseguindo-os e atacando-os", ressaltou a ação.
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Acontecimento ocorreu nos últimos dias de Trump como presidente dos EUA. Ele se negou a reconhecer a vitória de seu adversário Joe Biden e a invasão aconteceu depois do discurso do ex-presidente e durante a contagem de votos oficial do Colégio Eleitoral, um procedimento de formalidade.
Blassingame, policial com 17 anos de serviço no Capitólio foi ferido na cabeça e nas costas. Ele ainda diz que sofre sequelas psicológicas do ataque e que foi alvo de agressões racistas por parte dos apoiadores de Trump.
Hemby, atua a 11 anos no Congresso americano e teve ferimentos nas mãos e joelhos após ter sido pressionado contra as portas do Capitólio . Ainda ressalta que foi atingido por produtos químicos no rosto e no corpo no momento da invasão.
Os policiais pedem uma indenização de aproximadamente US$ 75 mil dólares cada um (cerca de R$ 430 milhões no câmbio atual) e um valor que não foi revelado pelos danos punitivos.