O papa Francisco visita o Iraque de sexta (05) a segunda-feira (08), sendo esta a primeira viagem de um papa a um país muçulmano de maioria xiita. A agenda inclui encontros com a comunidade católica , que tem 590 mil pessoas, cerca de 1,5% da população iraquiana, além de cristãos de outras Igrejas e confissões religiosas, líderes políticos e o grande aiatola Ali Sistani, a maior autoridade xiita do país.
Francisco vai passar por Bagdá, Najaf, Ur, a terra natal do patriarca Abraão, figura de referência para os judeus, cristãos e muçulmanos, Erbil, capital do Curdistão iraquiano, Mossul e Qaraqosh. Segundo a agência Ecclesia, em 2003 havia cerca de 1,4 milhão de cristãos no Iraque, mas estima-se que hoje sejam cerca de 250 mil, uma diminuição de mais de 80% em menos de duas décadas.
Antes do exílio , a maioria dos cristãos estava na província de Nínive, cuja capital é Mossul. Em mensagem de vídeo aos iraquianos, divulgada nesta quinta-feira (4), na véspera de sua partida, o papa diz que visita o país como "peregrino da paz, depois de anos de guerra e terrorismo".
Ele manifesta o desejo de orar com irmãos e irmãs de outras tradições religiosas , considerando o povo iraquiano como "uma única família de muçulmanos, judeus e cristãos".
*Com informações da RTP - Rádio e Televisão de Portugal