Ele havia sido associado ao caso, em 1994, por conta de um laudo médico que comparou seus dentes com marcas de mordidas no corpo da vítima.
Divulgação/Innocence Project
Ele havia sido associado ao caso, em 1994, por conta de um laudo médico que comparou seus dentes com marcas de mordidas no corpo da vítima.

Eddie Lee Howard , um homem negro residente de Mississipi, nos Estados Unidos, foi condenado à morte pelo assasinato e estupro de Georgia Kemp , uma mulher branca de 84 anos. Após 26 anos no corredor da morte, ele foi inocentado e liberado, porque os juízes não encontraram ligação entre o homem e o crime. 

Segundo informações da Innocence Project, ONG que representou Howard, divulgadas pela CNN , ele havia sido associado ao caso, em 1994, por conta de um laudo médico que comparou seus dentes com marcas de mordidas no corpo da vítima. Porém, em agosto de 2020, a Suprema Corte do Mississipi declarou que as comparações de marcas de mordida não eram evidências suficientes para ligá-lo ao crime.

"Um autor individual não pode ser identificado com confiança através de comparações de marca de mordida", declarou a Corte. Howard foi liberado do corredor da morte em dezembro e foi exonerado na última  sexta-feira (9), de acordo com o UOL .

"Eu quero agradecer muito às várias pessoas que são responsáveis por tornar meu sonho de liberdade em realidade. Eu agradeço vocês de todo meu coração porque sem seu trabalho duro em meu favor, eu ainda estaria naquela lugar terrível chamado Departamento de Correções do Mississipi, no corredor da morte, esperando uma execução", disse Howard após ser liberado.

Dados da organização Sentencing Project citados pela CNN informam que norte-americanos negros são desproporcionalmente afetados pelo sistema carcerário dos Estados Unidos, sendo que, por exemplo, no Mississipi, mais da metade da população carcerária é negra.

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