O norte-americano Brandon Bernard foi executado pelo estado de Indiana na noite desta quinta-feira (10), informou o governo. O homem negro de 40 anos havia sido condenado em 1999, quando ainda era adolescente, o que à época fez com que ele fosse uma das pessoas mais jovens condenadas à pena capital na história dos Estados Unidos.
Bernard foi declarado morto às 21h27 (11h27 no horário de Brasília) em um presídio em Terre Haute após ter sido aplicada a injeção letal. O homem tinha 18 anos na época do crime e foi condenado à morte em 2000.
Ele participou, junto com outras cinco pessoas, de um assassinato de um homem e um mulher no Texas. Três dos envolvidos eram menores de idade e não podiam ser condenados à pena capital. O líder do grupo, Christopher Vialva, que tinha 19 anos à época dos assassinatos foi executado em setembro deste ano.
A defesa, e diversas personalidades, pediam que a pena de Bernard fosse alterada para prisão perpétua por problemas nas provas apresentadas ao júri, como o fato do jovem não estar no local do sequestro do casal e não ter sido o autor dos tiros. Ele reconheceu que ateou fogo no veículo onde as vítimas, já mortas, estavam.
O norte-americano é o nono acusado morto pelo Estado desde julho de 2020 e fez parte de um "programa" de aceleração desse tipo de condenação antes da saída de Donald Trump do poder - outras quatro execuções estão marcadas até o fim do mês - em algo que analistas ouvidos pela mídia norte-americana dizem nunca terem visto.
O número é um recorde no século nos Estados Unidos, considerando as 13 execuções, e é a primeira vez, em 130 anos, que condenados são executados durante o período de transição presidencial.