Cinco pessoas, incluindo uma menina de três anos, foram mortas em uma zona rural, localizada no norte da Colômbia, no último domingo (27). O governo, que veio a público na segunda-feira (28) para comentar sobre o ocorrido , atribuiu o massacre aos guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN).
O ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo , afirmou que, "segundo algumas versões", se trataria de um "ataque violento e seletivo do ELN contra essas pessoas". Segundo a Agence France-Presse , após anunciar um aumento da força armada na região, Holmes ofereceu uma recompensa de até 12.000 dólares por informações que fossem relevantes para a prisão dos responsáveis e até 14.200 por "Santiago", codinome de Guillermo Ariza, comandante do grupo.
O ELN, considerado o último grupo de guerrilha reconhecido na Colômbia após o acordo de paz com as FARC em 2016, ainda não respondeu à acusação das autoridades. Surgido em 1964, os rebeldes contam com cerca de 2.300 combatentes e redes de apoio em zonas urbanas.
De acordo com o observatório independente Indepaz, uma ex-combatente da guerrilha marxista dissolvida foi morta nesse massacre, o 90º registrado este ano na Colômbia. Em cerca de meio século, o conflito armado deixou mais de nove milhões de vítimas entre mortos, desaparecidos e desalojados.
O país enfrenta uma das piores ondas de violência desde o acordo com as FARC e o governo responsabiliza os grupos financiados pelo narcotráfico e a mineração ilegal.