O presidente dos Estados Unidos , Donald Trump , autorizou que a equipe do presidente eleito, Joe Biden , tenha acesso às informações de sua administração para que o processo de transição comece. Por cerca de 15 dias, o governo do republicano bloqueou os protocolos de transição, enquanto Trump travava uma batalha política e jurídica na qual argumenta que venceu as eleições. Ele ainda não se convenceu da derrota.
A responsável pela agência federal de administração de serviços gerais dos EUA, Emily Murphy, autorizou o acesso às informações nesta segunda-feira (23). Ela estava sob pressão de congressistas e da equipe de Biden, que argumentam que a demora em iniciar a transição do presidente eleito representa uma ameaça à segurança nacional do país.
Segundo Biden, a demora poderia inclusive representar um atraso na distribuição de vacinas contra Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) nos EUA.
No Twitter, Trump disse ter concordado com os procedimentos iniciais de transição. O presidente disse que a servidora federal estava sob ameaça e assédio e continua sem reconhecer a vitória de Biden, anunciada em 7 de novembro.
"Nosso caso continua fortemente, nós vamos lutar a luta justa e acredito que vamos vencer. Mesmo assim, pelo interesse do nosso país, estou recomendando que Emily e o time dela façam o que tiver que ser feito com relação aos procedimentos iniciais, e disse ao meu time para fazer o mesmo", escreveu Trump.
Em nota, a equipe de Biden e Kamala Harris informou que a decisão é "um passo necessário para começar a enfrentar os desafios que enfrentamos, incluindo o controle da pandemia e a recuperação da economia". Ainda segundo os democratas, esta é "uma ação administrativa definitiva para iniciar formalmente o processo de transição".