A equipe de transição do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA) Joe Biden conta com várias pessoas LGBT+ em cargos estratégicos para supervisionar e revisar órgãos públicos do país. E três anos após o presidente Donald Trump prometer proibir pessoas transgênero de servir nas Forças Armadas, Biden nomeou a veterana trans Shawn Skelly para sua equipe de transição, pela primeira vez na História.
Skelly, ex-comandante da Marinha, fará parte do grupo que avaliará o Departamento de Defesa. Ex-assistente especial da Subsecretaria de Defesa para Aquisição, Tecnologia e Logística, ela já havia trabalhado como diretora do Gabinete da Secretaria Executiva do Departamento de Transporte durante o governo de Barack Obama.
Defensores de direitos LGBT+ vêm pressionando Biden a reverter a proibição de Trump a pessoas transgêneros no serviço militar, já que o litígio contra a controversa política, anunciada em julho de 2017, continua nos tribunais federais. Biden poderia suspender a proibição em menos de 30 dias.
"Sabemos que Biden acredita que as pessoas LGBT+ são uma parte importante dessa América diversa", disse Elliot Imse, diretor sênior de comunicações do Victory Institute, a NBC News. "Portanto, esperamos que o próximo governo nomeie mais pessoas LGBT+ para cargos políticos do que nunca, e esperamos que também seja o grupo mais diversificado de nomeados da História americana."
Além de banir a maioria das pessoas trans das Forças Armadas, nos últimos quatro anos, o governo Trump tentou cortar as proteções para pessoas trans, ajudando a impedir que os alunos transgênero usem o banheiro que corresponde ao seu gênero, por exemplo, e permitindo que profissionais de saúde discriminem pessoas trans.
Biden, por sua vez, tem uma agenda ambiciosa quando se trata de proteger os direitos LGBT+. Ele prometeu fazer da aprovação da Lei da Igualdade uma prioridade legislativa durante seus primeiros 100 dias no cargo. A lei visa barrar a discriminação com base no sexo, identidade de gênero e orientação sexual.