Confira 4 alegações falsas da campanha de Trump que foram desmentidas
Filho de Trump, senador e até mesmo o presidente compartilharam informações que posteriormente se mostraram falsas
Por iG Último Segundo |
Apesar da contagem de votos ainda não ter sido oficialmente encerrada, Joe Biden já alcançou os 270 votos dos delegados do colégio eleitoral para ser considerado eleito novo presidente dos Estados Unidos
.
Contudo, o atual presidente Donald Trump alega de forma veemente que houve fraude no processo, e durante o pleito, ele, membros do partido republicano e eleitores usaram as redes sociais para publicar fake news ou fatos enganosos, para comprometer o processo eleitoral.
Desde a semana passada, quando começou a alegar, sem provas, que a eleição estava fraudada, seus posts no Twitter aparecem com uma sinalização de que a informação que contém nele é contestada .
“We believe these people are thieves. The big city machines are corrupt. This was a stolen election. Best pollster in Britain wrote this morning that this clearly was a stolen election, that it’s impossible to imagine that Biden outran Obama in some of these states.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 8, 2020
Confira abaixo algumas alegações de fraude que foram checadas e desmentidas pela BBC:
Votos de pessoas mortas sendo contabilizados
Viralizou no twitter posts que alegavam que votos de pessoas que já haviam morrido estavam sendo contados no estado de Michigan. Donald Trump e seu filho Donald Jr compartilharam esse post.
Contudo, as autoridades do estado americano classificaram os rumores como "desinformação", e que votos realizados em nome de pessoas que já faleceram são rejeitados.
Um dos homens mortos que apareceram em posts na verdade se tratava do filho do indívduo em questão, que tem o mesmo nome e mora no mesmo endereço de seu falecido pai.
Falha de software em computador computou votos errados
Postagens compartilhadas diziam que falhas no software que contam os votos em Michigan fizeram que votos de Donald Trump na verdade estavam sendo contabilizados para Joe Biden.
Você viu?
Em um condado, no início da apuração, votos estavam erroneamente sendo contados para Biden, mas segundo a secretário de estado de Michigan, Jocelyn Benson , isso foi "rapidamente identificado e corrigido".
Contudo, esse erro foi causado por falha humana. O Senador republicano Ted Cruz postou em seu twitter que esse problema poderia estar acontecendo em todo o estado, o que é uma inverdade.
Estado teve mais votos do que tem de eleitores registrados
Houveram alegações falsas de que o números de votantes no estado de Wisconsin na eleição era maior do que o número de eleitores aptos a votar.
Uma postagem dizia que 3.239.920 pessoas votaram, sendo que 3.129.000 estavam registradas. Contudo, o número mais atualizado do estado mostra que existem 3.684.726 eleitores. O tuíte original com a fake news foi deletado .
Além disso, no Wisconsin, as pessoas podem se registrar para votar no próprio dia da eleição, o que pode aumentar ainda mais o número desse registro.
Votos de "canetinha" cancelados
Um boato compartilhado nas redes dizia que no estado do Arizona, havia um esquema feito para que votos em áreas mais propensas aos republicanos fosse desconsiderado, para isso, pessoas estavam distribuindo " canetinhas marcadoras " para as pessoas preencherem as cédulas de votação.
Em um vídeo, uma mulher alega que as máquinas de votação não leem esse tipo de caneta, e os eleitores estavam sendo manipulados.
Contudo, o uso desse tipo não invalida a contagem dos votos, e mesmo que não pudesse ser lido, existem outras formas de que os votos sejam computados. A secretária de estado do Arizona Katie Hobbs afirmou via twitter que "sua cédula será contada, não importa que tipo de caneta você usou".