Subiu para 30 o número de mortes na Turquia e na Grécia provocadas pelo grande terremoto que atingiu o mar Egeu, na manhã desta sexta-feira (30). Equipes de resgate dos países buscam, neste sábado (31), sobreviventes entre os escombros dos prédios que caíram após o tremor.
As autoridades da cidade de Izmir disseram que 28 pessoas morreram em regiões costeiras da Turquia. Já na ilha de Samos, na Grécia, dois adolescentes morreram depois que uma parede caiu em cima deles.
De acordo com autoridades de saúde, há mais de 800 pessoas feridas em decorrência do tremor. As equipes de resgate conseguiram tirar uma mãe e três crianças dos escombros neste sábado. Os quatro passaram quase 18 horas presos.
Com epicentro no Mar Egeu, magnitude do sismo, registrado a dez quilômetros de profundidade, foi avaliada pelo Instituto Geofísico Americano (USGS) em 7,0.
Turquia e Grécia estão situadas sobre importantes falhas geológicas e uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo. Por isso, os terremotos são frequentes, sobretudo no mar
Ajuda internacional
Após o terremoto, o premiê grego telefonou para o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, para expressar suas condolências pelos mortos. Pelo Twitter, Erdogan esqueceu brevemente a rivalidade e disse que "o ato de dois vizinhos serem solidários nestes tempos difíceis tem mais valor do que muitas outras coisas".
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Turquia, os chanceleres dos dois países "destacaram que estão prontos para ajudar-se mutuamente em caso de necessidade".
A promessa é uma continuação da ajuda que a Grécia ofereceu à Turquia após o terremoto de 1999, que deixou 17 mil mortos, um gesto que permitiu a retomada das relações entre os dois países rivais. Na ocasião, a ajuda levou alguns especialistas a cunhar a frase "diplomacia do terremoto".
A União Europeia e a Otan também ofereceram ajuda à Turquia, disseram a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e o secretário-geral da aliança atlântica, Jens Stoltenberg.