Vias públicas de grande parte das cidades francesas receberam milhares de manifestantes neste domingo (18). O intuito era de homenagear Samuel Paty , o professor de 47 anos que foi decapitado na cidade de Eragny após apresentar aos seus alunos, em uma aula sobre liberdade de expressão, uma caricatura do profeta Maomé .
Cerca de 11 suspeitos já foram presos e o crime está sendo considerado pela Procuradoria Nacional Antiterrorista da França como um assassinato realizado por associação terrorista. O autor do crime, Abdoullakh Aboyezidvitch A., 18, foi morto após ser encontrado por autoridades e ter agido de maneira agressiva e perigosa.
Entre os presos, estão familiares de Abdoullakh e pais de outros alunos que se ofenderam com a conduta de Paty.
Apesar das medidas preventivas adotadas devido à pandemia do novo coronavírus, as manifestações foram autorizadas na capital. A homenagem aconteceu na Praça da República e reuniu pessoas que levavam cartazes com os dizeres “sou professor” e “não ao totalitarismo do pensamento”.
Personalidades como o presidente da França, Emmanuel Macron, e jornalistas do Charlie Hebdo , jornal que sofreu com atentados em 2015 e que era responsável pela caricatura apresentada por Paty em sala de aula, confirmaram presença. Os jornalistas, aliás, foram alguns dos organizadores da homenagem.
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A cidade de Lille também recebeu centenas de manifestantes. A 200 km de Paris, a população de Lille se reuniu carregando faixas nas cores da bandeira francesa e cartazes. A fachada da escola onde Paty dava aulas também recebeu uma manifestação espontânea.
Macron chegou a visitar a escola Conflans-Sainte-Honorine, onde Paty lecionava, e afirmou que o assassinato tratava-se de um atentado terrorista
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"Um de nossos compatriotas foi assassinado porque ele ensinava seus alunos sobre liberdade de expressão, liberdade de crer ou de não crer. Não é por acaso que foi um professor que esse terrorista matou", afirmou o presidente. "Porque ele queria matar a república nos seus valores, as luzes, a possibilidade de fazer nossas crianças cidadãs livres”, continuou.