Presidente da Rússia, Vladimir Putin
Reprodução/Twitter/KremlinRussia_E
Presidente da Rússia, Vladimir Putin

A Rússia emprestará US$ 1,5 bilhão (R$ 7,9 bilhões) para o governo de Belarus, informou o próprio presidente Vladimir Putin durante uma reunião com seu homólogo, Aleksandr Lukashenko , durante um encontro em Sóchi nesta segunda-feira (14).

"Nós acordamos que a Rússia vai fornecer um crédito estatal de US$ 1,5 bilhão para Belarus nessa situação desafiadora, e nós vamos fazer isso. Até onde sei, nossos ministros de finanças estão tratando desse assunto de maneira profissional", disse Putin à agência de notícias local TASS.

A reunião entre os dois mandatários foi a primeira feita pessoalmente desde a polêmica reeleição de Lukashenko, no dia 9 de agosto, e ocorre após uma série de telefonemas entre ambos para discutir os protestos diários contra o resultado das urnas.

Conforme informou a agência bielorrussa Belta, não está previsto que documentos sejam firmados na reunião ou que seja realizada uma coletiva de imprensa formal dos dois líderes.

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Putin é o maior e um dos únicos aliados de Lukashenko durante a atual crise política e social em Belarus. Além da ajuda financeira, o chefe de Estado russo anunciou recentemente que estava enviando uma unidade militar de reserva próxima à fronteira entre as duas nações - que possuem dois acordos de apoio mútuo firmados para situações do tipo.

No entanto, os protestos diários contra Lukashenko não cessam. O presidente, que está no poder desde 1994 e que ganhou sua quinta eleição consecutiva, oficialmente, com 80% dos votos, também sofre pressão internacional dos países europeus e dos Estados Unidos.

Uma das líderes da oposição, Svetlana Tikhanovskaya, que disputou o último pleito contra Lukashenko, disse que estava "desapontada" que Putin "decidiu abrir o diálogo com o usurpador e não com o povo bielorrusso".

"Quero lembrar a Putin que qualquer coisa que seja decidida e assinada durante o encontro em Sóchi não tem valor legal. Todos os acordos assinados por Lukashenko serão revistos pelo novo governo porque o povo bielorrusso negou seu apoio a Lukashenko nas eleições", escreveu Tikhanovskaya em suas redes sociais.


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