A polícia de Matera, na Itália , anunciou nesta sexta-feira (11) que prendeu quatro suspeitos de terem abusado sexualmente de duas turistas inglesas, menores de idade, em uma festa na cidade de Pisticci no início da semana.
A investigação, que é coordenada pela Procuradoria da República de Matera, ainda aponta que outros quatro homens teriam participado do estupro coletivo. Eles estão sendo procurados pelos agentes.
Os quatro detidos foram levados para um presídio da região sob ordem da juiz Angelo Onorati. Durante uma coletiva de imprensa nesta sexta, os investigadores confirmaram a informação de jornais locais de que o crime ocorreu entre a noite de segunda-feira (07) e a madrugada de terça-feira (08) e que, logo após o estupro, as meninas denunciaram o caso às autoridades.
Segundo os investigadores, os jovens "aproveitaram o estado de alteração psíquica das duas menores por conta delas terem tomado bebida alcoólica". Um dos oitos jovens envolvidos, identificado como Giuseppe Gargano, 19 anos, agrediu uma delas e a empurrou com força para uma área sem iluminação, sendo seguido por outros amigos, que levaram a outra adolescente.
"Ali, eles cometeram o estupro, com duas distintas violências sexuais. Sucessivamente, todos se afastaram delas e as duas jovens conseguiram ir na casa da irmã de uma delas, onde tomaram um banho e contaram o que aconteceu. Assim que foram para casa, telefonaram para o 118 [número para emergências], denunciando terem sido violentadas", relatou a polícia.
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As duas foram ouvidas ainda no dia 8 "de maneira protegida" pelos investigadores e com a ajuda de uma intérprete. No depoimento, elas relataram que tentaram se defender "com toda a sua força" dos rapazes, mas não conseguiram.
De acordo com a investigação, a festa era aberta ao público, sem necessidade de convite. A música alta que estava tocando fez com que ninguém ouvisse os pedidos de socorro, conforme os policiais.
O advogado das duas jovens, Giuseppe Rago, fez um apelo para que os demais envolvidos "assumam as suas responsabilidades e confessem tudo, também o nome dos outros violentadores".
"Depois do fortíssimo trauma, elas estão melhorando e conseguindo a lembrar de detalhes importantes para reconstruir o terrível episódio", disse ainda à ANSA.