O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participou neste sábado (20), em Tulsa, no Oklahoma, de seu primeiro comício desde 2 de março, antes da pandemia de Covid-19 se disseminar pelos Estados Unidos. Com um público abaixo do esperado, contrariando as expectativas presidenciais, Trump buscou reforçar sua campanha de reeleição com ataques a Joe Biden, candidato democrata à Presidência, e se vangloriar da resposta de seu governo à crise sanitária, amplamente criticada por especialistas.
Durante o discurso, o presidente disse que pediu para "reduzirem a testagem" para o novo coronavírus, algo considerado fundamental para que a pandemia possa ser controlada. Segundo Trump, quando testes são feitos em grande quantidade "você vai encontrar mais pessoas e mais casos" e até um jovem "fungando" será diagnosticado com a doença. Mais tarde, um funcionário da Casa Branca disse que o presidente estava fazendo "uma piada".
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Trump disse ainda que salvou "milhões de vidas" ao paralisar a economia, interrupção da qual foi um dos maiores críticos. Citando o Brasil e a Suécia como exemplos, o presidente americano disse que o cenário poderia ter sido pior se tivesse adotado a estratégia de imunização coletiva ou de rebanho, em que os que sobreviveram ao vírus carregam imunidade e impedem o vírus de se disseminar:
“Perguntem como eles estão no Brasil. Não estão bem. E ele é meu amigo”, disse Trump, se referindo ao presidente Jair Bolsonaro.
O uso de máscaras não foi obrigatório durante o evento e regras de distanciamento social também não foram respeitadas. Com mais de 2,2 milhões de casos e 119 mil mortes, os EUA são o país com mais casos e mais mortes por Covid-19, segundo a Universidade Johns Hopkins. Especialistas temem que o comício sirva de catalisador para uma explosão de novos casos na região. No início da semana, foi noticiado que a campanha de Trump exigiu que aqueles que comparecessem ao evento não a processassem se pegassem a doença.