A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que vai suspender os ensaios clínicos com cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19 . De acordo com os especialistas, faltam evidências científicas de que o medicamento reduza a mortalidade de pacientes com quadros graves da doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).
LEIA MAIS: Líder indígena morre de Covid-19 no Pará
O medicamento originalmente utilizado no tratamento de malária, lúpus e artrite também teve sua autorização revogada pelo FDA, agência que exerce o mesmo papel da Anvisa nos Estados Unidos. Segundo a nota, os benefícios da cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de pessoas internadas com quadros graves de Covid-19 não superam os riscos e as adversidades cardíacas que podem surgir.
Luz no fim do túnel
A suspensão dos ensaios clínicos com cloroquina e hidroxicloroquina surge em um momento animador para a OMS . Na última segunda-feira (15), pesquisadores da Universidade de Oxford afirmaram que o corticóide dexametasona tem efeitos significativos na redução da mortalidade de pacientes internados na UTI com Covid-19.
Estudos concluíram que a dexametasona, um remédio considerado de baixo-custo, reduziu a mortalidade de pacientes internados nos ventiladores em 33%. Para os pacientes que recebem oxigênio, a redução da mortalidade é de 20%. A OMS comemorou os resultados, mas pediu cautela no uso do medicamento, que já foi aprovado no Reino Unido.