O líder indígena e militante ecológico Paulinho Paiakan morreu de Covid-19 no Hospital Regional Público do Araguaia, no Pará, onde estava internado desde o último dia 9. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde Pública, Paulinho Payakan apresentava insuficiência respiratória severa.
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O Distrito Sanitário Especial Indígena declara que o enterro de Paulinho Payakan não terá manuseio do corpo. É um costume da cultura Kayapó que, durante um enterro, o corpo do indígena passe por um ritual fúnebre e receba pinturas. O procedimento traria risco de contaminação para outros membros da tribo.
Em 1992, Paulinho Paiakan foi acusado de ter estuprado a estudante Sílvia Letícia da Luz Ferreira. Ele ficou preso até 1994, mas acabou solto por falta de provas. Quatro anos depois, após um recurso do Ministério Público, Payakan foi condenado a seis anos de reclusão em regime fechado.