Experiência com Ebola e febre amarela melhoraram a resposta de países africanos à pandemia de Covid-19
Fotos públicas/reprodução
Experiência com Ebola e febre amarela melhoraram a resposta de países africanos à pandemia de Covid-19

As previsões sobre a Covid-19 em países africanos preocupavam especialistas no começo do ano. Melinda Gates, co-proprietária de uma fundação filantrópica com o empresário Bill Gates, chegou a dizer à CNN Internacional que algumas regiões teriam corpos estendidos nas ruas. Cinco meses se passaram desde que um empresário italiano importou a doença para a Nigéria, mas a situação calamitosa simplesmente não aconteceu.

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O Centro Africano de Controle de Doenças, sediado na Etiópia, afirma que os avisos sobre uma possível catástrofe foram fundamentais para conter o primeiro avanço do vírus. Para o diretor da agência, John Nkengasong, muitos líderes africanos agiram com prudência para conter a doença.

“A liderança do continente foi extraordinária ao responder à pandemia de forma tão coordenada”, elogiou Nkengasong. Segundo ele, interromper as atividades econômicas no começo da crise conteve o alastramento do novo coronavírus (Sars-CoV-2) pelo continente.

Experiência com doenças infecciosas

Além da ação rápida contra o coronavírus, o Centro Africano de Controle de Doenças afirma que os países da região têm experiência com doenças como Ebola e febre amarela, enfermidades com grande impacto de transmissão.

“Com uma taxa de contaminação mais sutil, teremos mais tempo para isolar as pessoas mais fragilizadas. As mortes e a severidade do surto serão menores do que em outros países”, finaliza Nkengasong. 

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