O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte
Reprodução/Wikipedia
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte

A jornalista filipina Maria Ressa, uma das repórteres mais críticas ao governo do presidente do país, Rodrigo Duterte, foi condenada pelo crime de difamação online nesta segunda-feira (15). A profissional de comunicação poderá pegar até seis anos de prisão .

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Ressa é fundadora e diretora do site de notícias "Rappler" e publicou uma série de matérias em 2012 sobre o empresário Wilfredo Keng e sua suposta ligação com o tráfico de drogas e de seres humanos. Por conta disso, ela chegou a ser presa por uma noite em fevereiro de 2019 e hoje foi condenada pelo caso.

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Para a condenação, os juízes de um tribunal de Manilla aplicaram, de maneira retroativa, uma lei contra a difamação online - que foi introduzida quatro meses depois do "Rappler" publicar as matérias. Além disso, o portal vem sendo alvo de acusações judiciais, que visam fechar o site.

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Para diversas entidades de Direitos Humanos, a jornalista é alvo de uma intensa perseguição política por conta de sua postura crítica e das matérias que fez contra o programa de combate às drogas de Duterte, que já causou milhares de mortes no país desde 2016 - além de muitas denúncias de que a "guerra contra às drogas" é, na verdade, uma forma do polêmico presidente matar seus adversários políticos.

O próprio Duterte chegou a declarar, após o caso do "Rappler", que "só pelo fato de alguém ser jornalista, não significa que não possa ser assassinado". Em 2018, Ressa entrou na lista das "Personalidades do Ano" da revista norte-americana "Time" por sua postura investigativa contra o governo.

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