Nesta terça-feira (9), um porta-voz do Exército norte-americano informou que diversos militares testaram positivo para Covid-19 após terem sido deslocados para atuarem nas manifestações que se espalharam pelos EUA após a morte de George Floyd, homem negro que morreu asfixiado por um policial branco no último dia 25.
Leia também
Nova morte idêntica a de George Floyd é registrada nos Estados Unidos
Piloto desenha punho cerrado no céu em homenagem a George Floyd; assista
Segundo informações do jornal The Wasington Post, os militares fazem parte do grupo de 1,3 mil integrantes da Guarda Nacional convocado pelo presidente Donald Trump e alguns dos governadores para atuar nos protestos. O pedido aconteceu após cenas de vandalismo e destruição de prédios particulares e públicos se alastrarem por diversas cidades.
Ainda de acordo com a publicação, que não divulgou o número exato de infectados, a força-tarefa da Casa Branca que cuida da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) nos EUA alertou para a possibilidade de contágio por parte dos militares, visto que o uso de máscara não foi seguido e nem o distanciamento social .
A informação surge após a divulgação de que dois membros da Guarda Nacional de Nebraska, que foram deslocados para responder aos protestos em Lincoln, também testaram positivo para a Covid-19.
Muitos especialistas de Saúde do país citavam que as manifestações poderiam acabar se transformando em novos focos de disseminação do vírus. Em conversa recente com governadores, a doutora Deborah Birx, coordenadora da força-tarefa de Trump, afirmou que o governo temia que os manifestantes destruíssem locais de testagem do vírus, o que atrasaria os esforços de combate.
Em resposta, o vice-presidente Mike Pence disse que os contágios nos protestos são um problema que a equipe anti- Covid-19 está acompanhando de perto e voltou a garantir que os EUA estão prontos para prosseguir com a reabertura.