Apontado como ponto inicial da pandemia do Covid-19 , o mercado de animais de Wuhan pode ter sido mais uma "vítima" da doença. Pelo menos é o que aponta um epidemiologista do Instituto de Virologia da cidade após analisar amostras coletadas no local.
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Segundo informações do The Wall Street Journal, o epidemiologista Gao Fu apontou que o mercado não foi o local em que o novo coronavírus (Sars-Cov-2) se originou.
"Na verdade, descobrimos que o mercado foi mais uma das vítimas da doença", afirmou Fu, após analisar amostras e confirmar que não há qualquer link entre a doença e os animais vendidos no local, o que inviabilizaria a tese de que o vírus pode ter sido transmitido desta forma para os humanos.
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A declaração foi corroborada pelo diretor do Instituto de Virologia de Wuhan , Wang Yanyi, que descartou as acusações que o governo dos EUA vinha fazendo sobre uma possível participação chinesa na "criação" do vírus do Covid-19.
"Não há a menor possibilidade do vírus ter saído do nosso laboratório porque os pesquisadores não estavam realizando experimentos com patógenos similares ao coronavírus", afirmou Yanyi em entrevista à uma emissora chinesa de TV.
Apesar das confirmações, a postura dos cientistas ainda deixa em aberto a principal questão sobre o tema: entender onde o vírus surgiu. Além disso, não amenizam as críticas feitas por outros países de que o governo teria tentado encobrir o surgimento da doença e demorado semanas para divulgar as primeiras informações sobre o contágio.
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A China, que foi o primeiro epicentro da Covid-19 , soma quase 83 mil casos confirmados da doença, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, e mais de 4,6 mil mortes. Atualmente, a doença está controlada no país, que segue testando massivamente a população, principalmente de Wuhan.