O governo da Argentina anunciou na noite deste sábado (23) a prorrogação do lockdown, o isolamento total, até o dia 7 de junho. Além disso, foram endurecidas as regras na capital Buenos Aires, que viu o número de casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) aumentar na última semana. Em todo o País, são até este sábado 445 mortos e mais de 11 mil casos.
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Alberto Fernández, presidente da Argentina , esteve presente no anúncio do endurecimento do isolamento e citou que será feito maior controle de tráfego entre a capital e a província de Buenos Aires, que tem a segunda maior concentração de infectados.
Com população de cerca de 44 milhões de pessoas - número bem próximo ao estado de São Paulo -, a Argentina é exemplo no controle à Covid-19 na América do Sul , tendo "apenas" 11 mil casos, enquanto o estado mais populoso do Brasil já supera 80 mil casos e mais de 6 mil mortes.
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Com regras duras, o país vizinho adotou quarentena em 20 de março e foi ampliando gradualmente o período, endurecendo ou relaxando as regras de restrição quando necessário. A última previsão encerraria o lockdown neste domingo (24), mas o governo decidiu prorrogá-lo até o próximo dia 7 de junho. Uma das medidas que ajuda a entender o rigor do isolamento argentino é a proibição de voos comerciais até 1º de setembro, uma das medidas mais duras do mundo no combate ao novo coronavírus.
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Neste sábado, nossos vizinhos sul-americanos registraram 704 novos casos, um dos maiores aumentos diários em toda a pandemia. Com isso, o País chegou a 11.353 infectados, com a maior parte dos casos em Buenos Aires , sobretudo na periferia.
Ao anunciar a prorrogação do lockdown, o presidente Alberto Fernández celebrou a união do povo argentino e pediu que a população não afrouxa o isolamento nesse momento. "Fizemos as coisas bem e continuaremos trabalhando juntos como antes. Conseguimos, em um momento difícil na Argentina, nos unir para cuidar da saúde de todos. Mas há muito pela frente. Peço-lhes para não afrouxar", afirmou.