Covid-19 tem voltado a países que estavam flexibilizando isolamento
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Covid-19 tem voltado a países que estavam flexibilizando isolamento


Países que enfrentaram pandemia do novo coronavírus têm visto surgimento de novos casos da Covid-19 aparecerem. Isso inclui Alemanha e Coreia do Sul, que são dois países de referência na gestão de crise e nas medidas de combate ao vírus. Irã, que começou a aliviar isolamento, também precisou recuar.

O novo aumento levanta preocupações e questionamentos sobre a maneira de reabrir estados. Na Coreia do Sul , um novo surto aconteceu após um homem, ainda sem diagnóstico, ter ido a uma casa noturna. Na Alemanha , nível de contágio se elevou após abrandamento das medidas de isolamento social.

A província chinesa de Wuhan, que foi o primeiro território a registrar casos de Covid-19 e onde a pandemia surgiu, teve um novo caso após semanas sem infectados . E a França teve, ao menos, nove novos infectados após um funeral no sudoeste. A França, a partir de hoje, passa a colocar em prática medidas de reabertura.

Flexibilização da quarentena

Elogiado por sua alta capacidade de testagem, os olhos do mundo todo se voltaram à Alemanha, que rapidamente conseguiu gerir a crise da Covid-19. O país também conseguiu conter as aglomerações e a circulação de sua população.

Em toda Europa, foi um dos países com a menor taxa de mortalidade devido ao novo coronavírus .

Nesta semana, a chanceler Angela Merkel acordou com líderes dos estados alemães que seria iniciada a reabertura gradual do país, que deveria ser freada caso limite de 50 pessoas infectadas por 100 mil fosse ultrapassado.

A previsão é de que lojas poderão voltar a funcionar e aulas serão retomadas aos poucos. No próximo fim de semana, foi autorizada até que a liga de futebol do país poderia voltar a acontecer.

Merkel tem sofrido pressão por parte da população, que tem se manifestado para pedir que o país seja reaberto rapidamente. Uma dessas manifestações aconteceram no último dia 9, sábado, e reuniu movimentos da direita e teóricos conspiracionistas em pontos de quatro das principais cidades alemãs.

No entanto, relatório divulgado pela agência de saúde pública, o Instituto Robert Koch, afirma que houve um aumento superior ao nível 1 na taxa de reprodução do vírus, critério importante para avaliar a situação da pandemia em cada território. O grau de contágio estava abaixo de 1 há três semanas.

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Em um período de dois dias, em comparação do dia 9 ao dia 10, a taxa subiu 0,12 pontos e passou de 1,1 a 1,13. Segundo o instituto, os novos números tornam a situação do país incerta.

Paralisação imediata

Na noite do último sábado, um homem não diagnosticado esteve em diversas casas noturnas na Coreia do Sul. Ele estava infectado. Ao menos 1,5 mil pessoas estiveram no mesmo recinto que ele e, agora, são procuradas pelas autoridades para que sejam testadas e isoladas.

Este homem é um dos 34 novos infectados pelo vírus, segundo dados divulgados no último domingo, 11, pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC). É o maior número de casos registrado em pouco mais de um mês.

Por conta do episódio de sábado, a capital, Seul, paralisou imediatamente atividades noturna de entretenimento, temporariamente.

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Nos últimos dez dias, a Coreia do Sul teve zero casos da doença. O país, também considerado referência no combate à pandemia, começou a flexibilização e estuda reabertura total de empresas e escolas.

A estabilização rápida se deu também pela alta capacidade de teste da população e monitoramento de contato de infectados. Assim, não foi preciso recorrer a grandes medidas de paralisação das atividades do país.

Segundo Moon Jae-in, presidente sul-coreano, uma nova onda pode chegar no fim de 2020. Ele pediu para que população “não baixe a guarda em relação à prevenção de epidemias”, já que o vírus pode voltar. "Peço a todos que cumpram as precauções e regras de segurança até que a situação termine, mesmo depois de retomar a vida cotidiana”, afirmou. “Estamos em uma guerra prolongada.”

Alto número de novas infecções

No Oriente Médio, o Irã foi o país mais atingido pela pandemia do novo coronavírus até o momento. Além dos impactos do vírus, o território sofre com a recessão econômica, por conta de sua própria paralisação e pela paralisação de atividades dos Estados Unidos.

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Gholamreza Shariati, governador da Província de Khuzistão, afirmou que o triplo de casos foram registrados, o que aumentou em 60% o nível de internações. Isso teria acontecido já que população estava desrespeitando medidas, mesmo após flexibilização de confinamento.

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