
Em entrevista ao The Guardian, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou nesta segunda-feira, 11, que não consegue garantir que a vacina para a Covid-19 , doença transmitida pelo novo coronavírus, seja desenvolvida. O território é o terceiro mais infectado no mundo — perdendo para Estados Unidos e Espanha —, e tem mais de 32 mil óbitos.
Johnson disse ao jornal que tem informações sobre “coisas muito encorajadoras” que têm sido feitas pela Universidade de Oxford para que a vacina seja desenvolvida. “Mas isso não é garantido”, alertou.
Apesar de concordar com Johnson, Patrick Vallance, chefe do conselho científico do Reino Unido, disse que "ficaria surpreso se não conseguíssemos alguma coisa".
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Mesmo assim, o primeiro-ministro disse que o Reino Unido é um dos territórios que mais têm investido para o desenvolvimento da vacina. Johnson disse ainda que, se perguntado sobre por mais quanto tempo o mundo viverá com a Covid-19, ele não teria uma resposta.
Ele comparou a situação da pandemia atual com a transmissão da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês). A epidemia aconteceu entre 2002 e 2003 e deixou 774 mortos. “Mesmo 18 anos depois, ainda não temos uma vacina para a SARS”, afirmou Johnson.
O primeiro-ministro também reconheceu que país terá de lidar com a pandemia do novo coronavírus
e próximas possíveis epidemias com mais flexibilidade, agilidade e inteligência.