Papa emérito Bento XVI continua se colocando como centro de polêmicas
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Papa emérito Bento XVI continua se colocando como centro de polêmicas


Em uma nova biografia autorizada, o papa emérito Bento XVI volta ao centro das atenções e critica a sociedade moderna por criar um “credo anticristão”, além de expressar suas posições mais conservadoras em relação a temas como casamento gay e aborto.

“A sociedade moderna está no meio de uma formulação de um credo anticristão e, se alguém se opõe, é punido pela sociedade com uma ‘excomunhão’. O medo desse poder espiritual do Anticristo é mais que natural, e precisamos ter uma necessidade de ajuda das orações da Igreja universal para resistir”, disse ao biógrafo Peter Seewald. Segundo Joseph Ratzinger, o matrimônio homossexual e o aborto são os “poderes espirituais do Anticristo”.   

“Há 100 anos, todos teriam considerado um absurdo falar de um casamento homossexual. Hoje, você é excomungado da sociedade se você se opõe a isso. O mesmo vale para o aborto e para a criação de seres humanos em laboratórios”, disse ainda.

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Os trechos da entrevista foram divulgadas pelo site conservador norte-americano “LifeSiteNews” e pelo jornal italiano “La Repubblica”. Sobre o seu período à frente da Igreja Católica , entre 2005 e 2013, Bento XVI disse que o que mais preocupava não eram os eventos grandes, como o chamado “Vatileaks”, o vazamento de documentos sigilosos da Santa Sé.

“A verdadeira ameaça para a Igreja e com ela o Ministério Petrino [assumir o serviço que foi de São Pedro] que não provém de tais coisas, é a ditadura mundial de ideologias aparentemente humanísticas”, pontuou. 

Polêmica com Francisco 

De postura conservadora, Ratzinger já foi acusado de divulgar esse tipo de entrevista para atrapalhar o Pontificado de seu sucessor, o papa Francisco. Em fevereiro, o religioso alemão assinou um livro – ao lado do cardeal ultraconservador Robert Sarah – em que defendia ferozmente o celibato dos padres.   

Após a repercussão negativa, em que foi acusado de querer interferir no Pontificado de Jorge Bergoglio, o papa emérito pediu para que seu nome fosse retirado da obra.

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