As denúncias de violência doméstica e perseguição explodiram na Itália durante a quarentena imposta pela pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), especialmente no mês de abril.
De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (20) pela ministra da Família e da Igualdade de Oportunidades, Elena Bonetti, foram registradas 716 denúncias telefônicas de agressões domésticas e perseguição em março, quando o isolamento entrou em vigor em todo o país.
Isso representa um aumento de 6,86% em relação às 670 denúncias do mesmo mês de 2019. Já entre 1º e 18 de abril, a cifra saltou de 397 no ano passado para 1.039 em 2020, crescimento de 161,71%.
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Cenário
Em janeiro e fevereiro, antes da pandemia, a Itália havia registrado queda nas denúncias de violência doméstica. O Ministério da Igualdade de Oportunidades também apontou um aumento no uso do aplicativo 1522, criado pelo governo para combater a violência de gênero .
Contando janeiro e fevereiro, o chat do app recebeu 87 relatos, número que subiu para 143 em março e 253 nos primeiros 18 dias de abril.
“Esses números são um sinal que mostra o tamanho de um fenômeno escondido, difícil de ser combatido na medida em que é envolvido em silêncio quando acontece dentro de casa”, disse Bonetti, em um comunicado oficial.